Translate

domingo, 7 de junho de 2009

Em Curitiba: Preocupação sobre o baixo preço de materiais recicláveis, prejudicando catadores.

Repassando...

O baixo preço dos materiais recicláveis é o principal problema enfrentado por catadores que atuam em Curitiba e região metropolitana. No sábado ( 06/06 ) integrantes da categoria participaram de uma reunião do Fórum Lixo e Cidadania, realizada no Ministério Público do Trabalho, na capital.

“Atualmente, o principal problema que enfrentamos em nossa atividade diz respeito à baixa do preço dos materiais recicláveis, o que fez com que nossa renda caísse bastante nos últimos meses”, disse o presidente do Instituto Lixo e Cidadania, José Ramalho, que há 25 anos trabalha como catador.

Segundo a também integrante do Instituto, Suelita Röcker, que é pedagoga e integrante da equipe de coordenação da entidade, o preço dos materiais começou a cair no último mês de novembro, em função da crise econômica mundial.

Isso fez com que, de novembro para cá, os catadores perdessem, em média, 60% de sua renda.

“Muitos estão enfrentando dificuldades de sobrevivência. Por isso, queremos que eles não ganhem na coleta e transformação do material”, afirmou.

Na opinião do procurador de Justiça e coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Proteção ao Meio Ambiente, Saint Clair Honorato dos Santos, os catadores são responsáveis por fazer com que a população tenha uma visão diferente sobre a questão do lixo.

“O trabalho deles, de separação dos resíduos, é de extrema importância e faz com que as pessoas não vejam o lixo como rejeito, mas sim como algo que pode ser tratado e transformado. Mesmo assim, os catadores ainda estão às margens dos direitos sociais”, declarou.

No início da tarde, os catadores fizeram uma caminhada do Ministério Público do Trabalho até a Secretaria de Estado do Meio Ambiente. Eles criticaram o fato de o lixo da capital e dos municípios da região metropolitana vir a ser depositado em um único local e tratado por uma única empresa, em função do fim da vida útil do aterro sanitário da Caximba.

“A escolha de uma única empresa para tratar o lixo deve gerar impacto na vida dos catadores, que podem ter sua renda diminuída ainda mais. Eles deveriam ter mais participação no processo de tratamento de resíduos proposto”, comentou Suelita.

Fonte: Paraná Online.

Um comentário:

Mimirabolante disse...

Esse é um problema muito sério.....Aumentou a oferta de resíduos.....estamos gerando mais lixo.....Acredito que as vendas voltem a subir......é só passar esta maré financeira.......antes eu conseguia vender as minhas latinhas no sítio por 4,50 e comprava com o dinheiro mudas novas.....agora vendo por 0,80 ......continuo comprando...só que menos mudas.....As latas do Rio de Janeiro são doadas.....Não podemos é desistir....temos que ter paciência.....a crise tem que passar....temos que ter FÉ !!!bjcas.....